7 de julho de 2015

Conheça Bruna Mahn. Talento do triathlon brasileiro.




Publicamos hoje uma rápida entrevista com nossa atleta patrocinada Bruna Mahn, da RM Consultoria Esportiva, e com a coach Rosana Merino. Apresentamos um pouco da história dessas duas guerreiras, que têm dedicado suas vidas ao triathlon. Bruna vem cada vez mais ganhando espaço no esporte, colecionando pódios e vitórias. Dividimos um imenso orgulho em poder contribuir, mesmo que em pequena parte, com essas conquistas. Em frente Bruninha! Estamos com você!

Rosana, fale um pouco sobre seu histórico de atleta e treinadora.
RM: Fui nadadora dos 4 aos 24 anos, depois passei a fazer provas de ciclismo e corrida de rua para me divertir. Com o inicio das provas de triathlon no Brasil, resolvi "brincar" de fazer triathlon. Na minha primeira prova venci e na segunda (que tinham as melhores triatletas do Brasil participando), fiquei em quinto. Depois disso, o que era brincadeira virou para mim, profissão. Fiz triathlon profissionalmente por sete anos e depois passei para o amador onde competi ate 2004.
Como treinadora iniciei com treinamento para atletas de elite na natação, (trabalhei no Guarani Futebol Clube, Círculo Militar de Campinas e Tênis Clube). Depois fui treinadora da equipe feminina de ciclismo de Campinas e atualmente trabalho com triathlon e corrida.

Como treinadora, como é que se identifica um “talento”? Como a Bruna foi “encontrada”?
RM: O trabalho árduo e diário geralmente nos leva a encontrar bons atletas, que dependendo de sua disposição e disciplina, podem se tornar elite. Muitas vezes o talento encontrado é perdido pelo caminho, devido à falta de determinação do atleta.
Eu consigo fazer um atleta mediano ser um campeão se ele tiver disciplina e "cabeça" boa. Mas não consigo fazer um talento vir a ser um campeão se ele não tiver essas qualidades.
Conheço a Bruna há muito tempo, mas ela nunca tinha esboçado vontade de treinar comigo. Em 2012 fiz um trainning camp em Campinas, onde vieram atletas de vários estados e ela teve oportunidade de conhecer meu trabalho. O treinamento com a Bruna foi duro e diário. Não existe tempo para moleza e com isso ela obteve os melhores resultados de sua vida, e hoje esta entre as cinco melhores triathletas de meia-distância do país.





Bruna, como você começou no triathlon?
BM: Eu comecei por curiosidade, achava lindo o esporte e quis experimentar...Me inscrevi em uma prova e depois que comecei não parei mais! Eu sempre fiz muito esporte. Desde pequena nadava, e andava de bicicleta como meio de locomoção. Só faltava correr...

Como a RM Consultoria trabalha para maximizar o potencial de um atleta? Qual a rotina de treinos e o calendário das provas?
RM: Como treinadora sou 100% presente. São raros os treinos em que não acompanho os atletas. Muitas vezes, chego a ficar 5 horas dentro do carro para levá-los a treinos difíceis de ciclismo. Vou para as trilhas nas corridas, fico na piscina marcando seus tempos e não deixo brecha para moleza. Eles sabem que se quiserem melhorar, o trabalho é diário. Quando estamos nas nossas exaustivas sessões de treino exijo sempre seu máximo do dia. Não importa se você não esta muito bem, faça seu melhor.

Qual a importância na iniciativa privada como incentivadora do triathlon no Brasil? E no mundo?
RM: Não temos muitos incentivos no Brasil. Se compararmos com os Estados Unidos e muitos países evoluídos, posso dizer que o incentivo é mínimo. Fora, o atleta é respeitado, tem estudo privilegiado e não se preocupa com outra coisa a não ser treinar. 
Os patrocínios no Brasil são açōes, na maioria das vezes isoladas, sem apoio governamental. As leis existentes atingem a minoria de atletas que dependem de aprovações de projetos. Ainda bem que possuímos empresas como a Atilatte, que sempre estão dispostas a ajudar atletas de triathlon – que neste caso, vai desde patrocínio, até a utilização dos espaços em sua fazenda para realizarmos os treinos.

Bruna, quais as suas conquistas deste ano? Quais as expectativas pro segundo semestre?
BM: Eu evolui muito desde que comecei a treinar com a Rosana Merino. Quem me via competindo há 2 anos e me vê hoje, fala que pareço outra pessoa. Até hoje me impressiono com a minha evolução, pois não tenho biotipo de atleta e nem sou um talento. Tenho uma treinadora que acreditou no meu potencial e consegue tirar o melhor de mim em cada treino e me ensina a todo momento!
Este ano fui vice-campeã brasileira na distância olímpica (1,5km de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida). Fiquei em 3º lugar no Campeonato Brasileiro de Longa Distância e na maioria das provas que participei, fiquei entre as 3 primeiras colocadas.

As expectativas são as melhores possíveis para o segundo semestre.Vou competir muito e buscar pódio em todas as provas, tanto na distância olímpica, quanto no meio Ironman (1,9km de natação, 90km de ciclismo e 21 km de corrida). Entre as provas programadas para o segundo semestre estão o Troféu Brasil de Triathlon, o meio-Ironman do Rio de Janeiro e o meio-Ironman em Florianópolis, entre outras.

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