30 de maio de 2016

Estudos mostram que lácteos ajudam a reduzir risco de AVC e hipertensão.






Consumir lácteos, especialmente iogurte,
pode reduzir o risco de hipertensão e acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com um estudo recente. Os pesquisadores descobriram que cada porção adicional por semana de leite desnatado estava associada com um risco 2% menor de hipertensão, sugerindo que produtos lácteos desnatados podem adiar os sintomas, mas não prevenirão o risco à medida que as pessoas envelhecem.

O estudo também descobriu que o consumo de uma porção extra de iogurte por semana significa uma redução no risco de desenvolvimento de hipertensão. Números similares foram descobertos para o consumo de produtos lácteos totais e outros produtos lácteos fermentados.

O estudo, chamado Associação Longitudinal de Consumo de Lácteos com Mudanças na Pressão Sanguínea e Riscos de Incidentes de Hipertensão: Estudo do Coração de Framingham, foi publicado no British Journal of Nutrition.

Os pesquisadores examinaram a associação entre o consumo de lácteos e as mudanças na pressão sanguínea, bem como o risco de hipertensão, entre mais de 2.600 adultos que participaram do estudo e não tinham hipertensão no início do estudo. A dieta e a medicação anti-hipertensiva foram medidas através de questionários e de informações fornecidas pelas próprias pessoas.

Após 14,6 anos de acompanhamento, mais de 1.000 pessoas foram diagnosticadas com um incidente de hipertensão. Aquelas que consumiam maiores quantidades de produtos lácteos tiveram um risco menor de serem diagnosticadas com hipertensão durante o curso do estudo.

“O consumo de lácteos, como parte de uma dieta nutritiva e balanceada em termos de energia, pode beneficiar o controle [da pressão sanguínea] e evitar ou adiar o começo da hipertensão”, mostrou o estudo.

Embora o estudo tenha encontrado uma interação positiva entre o consumo de leite desnatado e a hipertensão e a redução da pressão sanguínea, os pesquisadores escreveram que a associação inversa se enfraqueceu durante as visitas de retorno. De fato, após oito anos, o estudo disse que o consumo de lácteos desnatado não estava relacionado com a hipertensão.

O consumo de lácteos totais, produtos lácteos totais desnatados e leite fluido esteve inversamente relacionado com as mudanças anuais na pressão sanguínea. Um consumo maior de lácteos e de iogurte foi associado com menor incidência de hipertensão, algo que tinha “uma proporção de riscos constante acima da média”, disse o estudo.

Os pesquisadores disseram que ainda há mais coisas que precisam ser avaliadas com relação ao uso dos lácteos para reduzir a hipertensão e a pressão sanguínea, mas disseram que os alimentos ricos em lácteos provavelmente têm muitas vitaminas e minerais que as pessoas dos Estados Unidos estão com carência.

“Os alimentos lácteos são fontes ricas de vários peptídeos bioativos, ácidos graxos de cadeia média e micronutrientes, como cálcio, potássio e magnésio, que estão entre os nutrientes que atualmente são pouco consumidos por adultos americanos. Esses nutrientes podem contribuir para os potenciais mecanismos subjacentes para a redução da pressão sanguínea dos produtos lácteos”.

O iogurte, acima de outros produtos, pode funcionar melhor para a redução da pressão sanguínea e da hipertensão, à medida que tem cerca de 50% de mais vitaminas e minerais e 30% mais proteína por porção de 227 gramas do que tem o leite.

Embora o estudo tenha uma amostra grande e uma janela de acompanhamento de 15 anos, “fatores residuais que podem confundir não podem ser completamente desconsiderados”, disse o estudo. Além disso, a maioria dos participantes do estudo era de caucasianos, descendentes de europeus, significando que mais estudos serão necessários para ter uma base maior de participantes para a pesquisa.

“Embora seja necessária mais uma confirmação, essas observações suportam os benefícios potenciais dos produtos lácteos no controle da pressão sanguínea e incidente de hipertensão”, concluiu o estudo.

Fonte: Dairy Reporter

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